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Deusa da Transparência, de Joana Lapa

LANÇAMENTO | 21 mar. '15 | 16h30 | Auditório BNP | Entrada livre / Mesa-redonda adiada para data a definir

(...) sinto a respiração, o esplendor e a transparência da poesia de Octavio Paz. António Ramos Rosa sobre poesia de Joana Lapa.

Só encontrei esta inscrição da sua visão do mundo na ordem espacial, com esta veemência, e com esta precisão, na poesia de Jorge Guillén. Eduardo Lourenço, sobre poesia de Joana Lapa.

A apresentação do livro de poesia Deusa da Transparência de Joana Lapa (pseudónimo de Maria João Fernandes), editado pela Afrontamento, ilustrado com fotografias de Manuel Magalhães e prefaciado por Robert Bréchon e por Maria João Fernandes reunirá as várias artes: a poesia dita por Carmen Santos, as artes plásticas, presentes no diaporama de António Sousa Dias com música de Cândido Lima e a dança, com Ana Silva dirigida por Paula Pinto. Diogo Dória lerá o texto de Robert Bréchon e Maria João Fernandes fará uma breve reflexão sobre a relação do arquétipo presente no seu livro com o mesmo tema na história de arte.

Será ainda apresentada na ocasião a escultura de José João Brito dedicada a Maria João Fernandes.

Do prefácio de Robert Bréchon destacamos: Este livro é uma invocação à «deusa». (…) A «deusa» é a promessa de uma vida nova, a verdadeira vida, como disse Rimbaud, onde nos sentimos verdadeiramente no mundo. (…) Há um êxtase terrestre (ou aqui marinho), tão violento, tão inebriante, tão vertiginoso como o dos místicos.

A perfeição da escrita poética está em conseguir, apenas com as palavras, ir ao encontro de um espaço e de um tempo estranhos à linguagem, um canto sem palavras e sem música, o silêncio original, inaudível, incompreensível, impensável. A deusa da transparência não é contudo uma abstração, ela é a vida ela mesma, devolvida à sua verdade absoluta. E como para Nietzsche, o signo desta plenitude nova, reencontrada, é a dança.

Por sua vez Maria João Fernandes acrescenta no Prefácio: A osmose entre a mulher e os elementos de uma praia real e mítica, o mar, o sol e as suas metamorfoses, investe-se de todos os segredos, em busca da absoluta evidência, ela apenas capaz de salvar, de reencantar, a vida. Estes segredos e estas evidências desdobram-se ao ritmo das cintilações, dos reflexos da luz e do movimento das águas numa espécie de canto das origens onde permanece intacta a totalidade, ainda que cindida pelas oposições que constituem todo o indizível mistério da vida.

A mesa-redonda sobre Arte e Crítica de Arte programada para esta ocasião (no contexto da exposição que aí decorreu recentemente: 40 Anos de Arte e Crítica, a Coleção de Maria João Fernandes) com a presença de Eduardo Lourenço, José Gil e Maria João Fernandes, foi adiada por um imprevisto de última hora, e será anunciada oportunamente.
 
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